A
silicose é caracterizada como uma doença incurável, resultado da exposição por
inalação á sílica cristalina. As partículas de sílica agem no organismo
cumulativamente, causando inflamação e do tecido pulmonar, resultando em
endurecimento dos tecidos, a oxigenação do sangue, além de desencadear outras
doenças pulmonares como fibrose, enfisema, tuberculose e câncer pulmonar. A
sílica é encontrada nas rochas, que constituem a crosta terrestre, sendo seu
processamento gerador de particulado fino inalável, em diversos processos como
corte, polimento, moagem, e transporte. Sua fórmula é SIO2, também chamada de
óxido de Silício.
O NIOSH recomenda o limite de exposição de
0,05Mg/M³ para a redução do risco de
desenvolvimento de silicose, a substituição dos materiais por outros que não
contenham a sílica, quando possível e caso não seja viável, o uso de
equipamento de proteção e a contenção da poeira nos processos produtivos além
da realização de exames funcionais periódicos.
Segundo
PENA em seu estudo publicado em 1995, os meios de controle da geração de poeira
industrial são:
A Foco na geração, para impedir a formação.
B
Foco no meio de difusão para impedir, que a poluição atinja o trabalhador
C
Foco no receptor para impedir, que a poeira penetre nas vias aéreas do
trabalhador.
Segundo
a FUNDACENTRO as atividades que apresentam maiores riscos de aquisição de
Silicose
são:Fundição de ferro, aço e outros metais que utilizes moldes de areia.
Indústria
extrativa ( mineração ).
Indústria
cerâmica.
Indústria
de vidros.
Indústria
da construção.
Fornos
refratários.
Trabalho
abrasivo em pedras.
Mineração
subterrânea.
Escavação
de poços.
Atividade
de protético.
A
autora indica a atividade de indústria cerâmica de revestimento como sendo
geradora de silicose e merecedora de atenção especial, pois em cada fase do
processo de fabricação, existem operações e procedimentos que geram a dispersão
de sílica de diversas origens em ambientes industriais.
A
coleta de amostras para análise de materiais depende dos resultados que se
deseja alcançar, podendo ser feita de forma individual, como equipamento de
amostragem colocado no trabalhador ou ambiental, com o equipamento colocado em
um ponto fixo na área de trabalho.
A
metodologia utilizada na análise das amostras coletadas inclui a análise
gravimétrica, a utilização de RAIOS X, a difração, comparando os parâmetros de
massa na fração de tamanho respirável e outros obtidos com os limites de
exposição definidos.
Os
resultados obtidos na análise de amostras de particulados são analisados
comparando-os com os limites de exposição ocupacional, existente na Legislação
Brasileira e na referência técnica mais atualizada da American Conerence of
Governamental Industrial Hygienists- ACGIH.
Os
principais indicativos que podem ser observados na conclusão da Autora incluem
a necessidade de se atualizar as Normas Nacionais existentes, a ampliação de
aplicação da técnica de difração de raios X para análise das amostras, o
aumento do número de amostragens e de laboratórios, para aumentar a
confiabilidade do nexo causal e da orientação da implementação de medidas
protetivas, além de um programa de monitoramento buscando a melhoria contínua
das condições de trabalho.
Aloísio Sacramento Engenheiro
Agrônomo / Engenheiro de Segurança do Trabalho
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